"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

vivências-madeira-alfabética

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

domingo, 27 de julho de 2008



Objetivo atingido, fim de mais um blog. Este e o vivências foram criados com a finalidade de contar para filhos, netos, afilhadas e compadres a minha trajetória de vida, principalmente dos fatos de minha juventude não conhecidos por eles. É lógico que foi tudo resumido, mas colocado como veio à minha lembrança. Foram dois, um em ordem cronológica e outro alfabético, procurando não esquecer as pessoas a quem muito devo ou a quem muito amo, e as instituições pelas quais passei e que também contribuíram para a minha vida nesta encarnação, justamente para procurar não deixar lacunas - que, no entanto, certamente ocorreram. Não vou deixar de falar de coisas, de fatos vividos, mas agora vou criar outras formas, já em gestação, e penso que serão: uma contando causos, como diz o matuto, ocorrências gozadas, alegres por mim passadas ou acompanhadas; outra comentando ditados aprendidos com meu pai e seguidos por mim, e também os de domínio público. Mas, por agora, encerro esta parte biográfica feita por inspiração da nossa Taís, a quem devo a coragem de escrever, e pretendo, assim que o Caio terminar a revisão e postar as imagens de cada assunto, lançar todo o material em um cd-rom, presenteando vocês. Com isto, após a minha partida, permito que possam relembrar alguns momentos quando quiserem, mostrando-os aos netos e bisnetos no futuro. Amo cada um de vocês, tenho aprendido com cada um e peço a DEUS que os mantenha como são e em contínuo processo de crescimento intelectual e moral, pois assim estão progredindo espiritualmente. Pai/Avô/Padrinho/Compadre/Cunhado. Madeira

vivencias-madeira-alfabética(escritos)

Dentro dos ditos populares, sobressai o de que para se assinalar uma existência deve-se ter um filho (tive três), plantar uma árvore (plantada no horto municipal de Vitória, lá está com meu nome) e escrever um livro. Nesta ação agora tenho estes blogs - que pretendo transformar em cd´s para a posteridade - e escrevi três opúsculos, todos referentes às atividades profissionais que desenvolvi, distribuídos nas áreas de atuação correlatas: o primeiro, quando chefe da Interpol, denominava-se O que é a Interpol, e nele explicava minuciosamente como funcionava este órgão de polícia internacional e o que se esperava de suas ações. Outro foi quando superintendente da PF no Ceará, preocupado com a divulgação correta das operações feitas; elaborei um manual intitulado A comunicação social do DPF/CE. O terceiro já na área de segurança empresarial, quando chefiava a mesma na CST e dava cursos continuadamente sobre defesa do patrimônio de empresas. Preparei e tinha acoplado a ele um vídeo, este trabalho todo apoiado pelo amigo (e inteligência) que é Gedaias de Almeida Cunha, de título Manual de Prevenção à Sequestros. Fora isto, em cinqüenta anos elaborei inúmeras apostilas, todas escritas por mim (nada de cópias de textos ou de livros), e participei de versões de trabalhos profissionais. Foi uma atividade de criação pequena pela falta de tempo, restrita ao campo profissional - mas feita por mim. Madeira

vivencias-madeira-alafabética(instituições esportivas)

Pratiquei esportes de competição em várias instituições esportivas, sempre como amador e com dedicação completa, com entrega ao clube cuja camisa vestia, isto sem contar que sempre representei os times dos locais em que trabalhava. Assim foi nos colégios Marista, Andrews e nos trabalhos, DPF principalmente. Inscrito em federações, joguei vôlei no Rio pelo América, convidado após ter jogado contra pelo time do Marista; futsal no Rio pela Atlética Carioca (federativo) e pelo Clube dos 12, clube do bairro do Maracanã (campeonatos amadores extra-federação); Higino A.C., clube da minha turma de rua (extra-federativo); futsal em Brasília (federativo) pelo Minas-Brasília T.C., quando fomos campeões do distrito federal e pelo Dínamo; no Ceará (federativo) pelo time da PF, onde fomos vice-campeões, perdendo para um dos melhores times do Brasil então, o SUMOV. Já futebol de campo joguei federativamente pelo Confiança A.C. no Departamento Autônomo (hoje a segunda divisão no Rio), quando fui convocado para a seleção do campeonato e para ir para uma excursão à Europa (não fui); pelo Alvorada F.C. (extra-federação); pela A.A. Portuguesa disputando o campeonato carioca de juvenis, quando cheguei à seleção brasileira da categoria (também não fui, em ambos os casos pelos estudos); em Brasília pelo CEUB (federativo), disputando o campeonato brasiliense, e amistosos pelo Minas-Brasília T.C. Foram essas as vezes em que defendi clubes e pratiquei esportes competitivamente em campeonatos, sempre com muita vontade e tesão. Fora as inúmeras peladas de futebol e futsal em muitos locais no Rio, em todas as cidades em que morei e nas próximas a elas. Já como torcedor - que agora deixei de ser pela desonestidade e pela burrice dos diretores, sendo um afccionado do clube, sem me envolver emocionalmente - sempre e somente o FLUMINENSE, principalmente pela tradição, pelo brio e pela honestidade olímpica. Madeira

terça-feira, 22 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(homenagens/paraninfo e outras)



Como professor e coordenador de curso (e depois diretor de faculdade) recebi, em todas as instituições públicas e privadas em que militei, a honraria de ser o padrinho dos formandos quando da cerimônia de formatura da conclusão do curso. Isto ocorreu, tenho a certeza, por sempre ter cumprido minhas obrigações, tanto de horários quanto de passagem de conhecimentos, estes recheados de prática, com muito respeito e amor. Assim fui paraninfo de turmas na academia nacional de polícia, do departamento de polícia federal, ídem na ACADEPOL/ES e no CFA/PM/ES, sendo nesta de sargentos e de oficiais; isto em instituições de ensino públicas. Nas faculdades em que lecionei no ES - Humanas, FAESA e UVV -, talvez por ter ficado mais tempo na área de ensino, fui paraninfo todos os anos de alguma turma, tendo uma grande quantidade das benditas plaquinhas de agradecimentos comigo. Mas a que mais me marcou foi a de paraninfo da turma de direito da UVV, de 1991, porque nela se formou o meu filho Caio. Foi de fato emocionante (já o tinha sido ter sido professor dele) estar na mesa diretora da colação de grau, e de frente acompanhar e entregar o diploma a ele. No campo das homenagens, nas minhas carreiras pública e privada recebi algumas, todas, também tenho a certeza, fruto da seriedade e respeito com que trato todos ao meu redor e de, por herança paterna, buscar acima de tudo cumprir meus deveres e minhas obrigações com fervor, com devoção. As principais homenagens a serem lembradas são os diplomas de Amigo da polícia civil do ES, o mesmo da PM/ES, o diploma de Mérito do ensino policial da PM/ES e os títulos de cidadão das cidades de São Luis do Maranhão, Fortaleza/Ceará, Vitória/ES e Guarapari/ES, e dos estados do Maranhão e do Ceará. É óbvio que essas homenagens lavam a alma, enriquecem a auto-estima, mas pra mim - como bom filho e com a formação militar-policial - na realidade lembram-me continuadamente o lema mais importante para um ser humano, pelo menos para mim, que é a certeza de que a MISSÃO FOI CUMPRIDA. Elogios podem produzir vaidades, orgulho exacerbado, egoísmo, mas em verdade devem produzir é a certeza de que cumprimos as nossas obrigações e os nossos deveres com galhardia e bravura, com a alma plena de generosidade. Madeira

vivencias-madeira-alfabética(representações do Brasil/internacionais)


Berna

Por três vezes tive a ocasião de representar o Brasil em congressos da Interpol. A primeira em 1966, congresso realizado em Berna, Suiça, ocasião em que foram debatidos os crimes internacionais mais comuns e que são em geral contra a ordem financeira. Também à época ainda havia uma busca generalizada de genocidas nazistas, sendo depois confirmada inclusive a presença do principal deles no Brasil, o Josef Mengele. Além de Berna, estivemos em visita às principais cidades dos cantões alemão e italiano, incluindo um belíssimo passeio pelos lagos suiços. A segunda foi em Kyoto, Japão, no ano seguinte, quando além desses assuntos foi muito discutida a falsificação de cédulas de dinheiro, principalmente do dólar americano. Também visitamos várias cidades japonesas, em um misto de conhecimento da polícia local e turismo. A terceita vez, quando travei conhecimento com a informática, foi em 1968, em um um congresso em Paris, específico para discutir a utilização dessa nova ferramenta no combate ao crime. Em todas elas com passaporte diplomático, vermelho, como representante oficial do país e com bastante mordomia - mas também com muito trabalho. Madeira

segunda-feira, 21 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições privadas,não de ensino)



Duas foram as instituições de trabalho de carteira assinada em que estive, fora as da área de ensino (estas já relatadas). A primeira, quando saí do DPF, foi a presidencia da fundação Sergio Philomeno, pertencente à Coca-Cola do nordeste, história já contada, e a outra uma grande escola de aprendizagem e de entrega, com grande responsabilidade, hoje um empreendimento de renome mundial, que acompanhei trabalhando duro desde as obras civis e de montagem até o start up. Trata-se da CST - companhia siderúrgica de Tubarão, hoje Arcelor-Mittal-Tubarão. Conforme explicitado na seção cronológica, depois de sair da PF e da aventura da presidência fajuta da fundação nordestina, ingressei ainda na época de sua construção na então tri-nacional siderúrgica de Tubarão (capitais brasileiro, japonês e italiano). Lá vivenciei a construção civil, com milhares de peões de centenas de empreiteiras, com acampamentos que me lembravam a construção de Brasília, todos reunidos na denominada vila operária, com portão de saída para a zona de baixo meretrício (e bota baixo nisso) de Carapeba, São Sebastião, com bebedeiras, brigas, ferimentos (principalmente à faca) e mortes dos peões que lá trabalhavam. A maioria de solteiros ou chegando ao estado sem a família, então nos dias de pagamento e nos fins de semana iam para a zona, enchiam a cara e brigavam, ou chegavam em nossa portaria se arrastando. Criamos um serviço de carregamento de peão bêbado, recolhido na portaria e levado até o plantonista de sua empresa na vila operária; eram duas kombis sem os bancos, e em cada uma delas eram amontoados cinco/seis bebuns que levávamos para o seu acampamento. Depois, com a entrada em operação e o fim da vila, o grande trabalho era (quando das negociações do acordo coletivo, para os reajustes salariais) - e sempre tivemos graves problemas - lidar com as lideranças sindicais, hoje todos altos funcionários dos governos federal (Perly Cipriano, por exemplo), estadual (Tarcísio Vargas, ídem) e municipal (João Coser e Dirce Bragatto, ídem). Além de arruaças e invasões, vimos muitas vezes esses brilhantes e bem preparados líderes ameaçarem, quando da votação das propostas nas assembléias, os trabalhadores com cascos de cerveja quebrados para levantarem a mão ou não, conforme seus interesses sindicais. Lá, depois de cerca de doze anos, aposentei-me no cargo de gerente (da área de segurança empresarial), o que me permite sobreviver, já que a aposentadoria do INSS é uma vergonha. Valeu CST, pelo que me ensinou e pela aposentadoria com a qual me contempla. Madeira

vivencias-madeira-alfabética(instituições de classe)



Quatro foram as instituições de classe a que pertenci. Duas de vínculo de formação acadêmica e duas de atividade profissional. As de formação acadêmica foram a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o CRA (Conselho Regional de Administração). Na OAB, quando ainda estudante de direito na Cândido Mendes, tive a inscrição efetivada como solicitador (não existe mais), um tipo de estagiário, que quando formado e já tendo exercido atividades advocatícias na fase de estudos, tinha a inscrição transformada em advogado. Foi no Rio de Janeiro e foi a inscrição número 777/1963 (eu estava no quarto ano do curso). Depois, na OAB do Espírito Santo, ao sair da polícia federal, inscrevi-me e assim fiquei apenas por uns dois anos, devolvendo a carteira por ter preferido ficar na CST e no magistério, sem ter chegado a advogar. Já no CRA/ES, além de inscrito desde a chegada no ES, fui conselheiro durante dois anos na década de 80, e criador e instituidor, no fim da década de 90, da delegacia regional do CRA/ES para o litoral sul, no primeiro mandato de delegado da mesma. As funções do CRA, como as da OAB, são as de fiscalização do exercício das respectivas profissões, só possível aos formados (e no caso da OAB aos aprovados em prova específica de nível superior) nessas áreas profissionais. Em ambos foi muito bom e motivo de orgulho. As duas outras, na área de segurança a nível federal, foram a ADESG (já comentada) e a ADPF - associação dos delegados de polícia federal, na qual também tive a honra e o orgulho de ter sido um dos fundadores, com a responsabilidade de redigir e submeter aos pares seus estatuto, regimento e proposta de criação da medalha de honra ao mérito Tiradentes, honraria a ser conferida pela ADPF. Com essas missões realizadas e aprovadas, fui eleito executivo da associação como secretário-geral, esta na primeira gestão presidida por um delegado amigo, falecido em combate, o Anselmo Jarbas Muniz Freire. Foi uma época de muito trabalho, feito sem remuneração e nas horas vagas, mas do qual, como de minha passagem no DPF, somente me orgulho, pois foi minha grande casa de cidadania e de entrega profunda. Madeira

sábado, 19 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(secretarias municipais)



Em três ocasiões diferentes exerci o cargo de secretário municipal. A primeira, no ano de 1983, no município da Serra, Grande Vitória, na administração do prefeito João Baptista da Motta, cedido pela CST, onde era funcionário contratado. Já comentada no blog vivências cronológicas, fui secretário municipal de administração e consegui, junto com uma equipe de administradores, todos registrados no CRA/ES, enxugar a máquina administrativa e colocá-la para funcionar redondinha. Ao fim desse ano, como eu deveria imaginar desde o início, veio a politicagem e eu me exonerei, pois nunca vou aceitar falta de seriedade e o não cumprimento dos princípios básicos constitucionais da administração pública, que são legalidade, impessoalidade (este não conheço nenhum mandatário no país que cumpra, pois a regra é não para os inimigos ou desconhecidos e sim, a tudo, para os amigos e para os amigos dos amigos), moralidade, publicidade (outro não cumprido, pois tudo é feito às escondidas) e eficiência (o nosso serviço público é quase sempre ineficiente por ser partidarizado, feito por políticos derrotados, colocados em áreas que não conhecem e para as quais ainda nomeiam mais incompetentes). As outras duas experiências de secretário foram em 2000, em Guarapari, onde o fato se repetiu ao fim de um ano de administração, e pelos mesmos motivos. Como diz o Caio e eu não aprendi... Fui secretário municipal de educação e secretário municipal de turismo, em ambas prestigiando os funcionários competentes, impondo extrema seriedade na condução dos bens públicos e estando à frente mesmo dos trabalhos, desde as primeiras horas da manhã até o fim da noite, quando necessário. Inspeções nas escolas, chegando nelas em sistema de rodízio, antes dos professores e alunos, e às noites, pela hora de término das aulas. No turismo acabei com sinecuras de divisão de espaços e contratos para os festejos de natal, ano novo e carnaval. Foi bom e deixei um nome limpo, de trabalho e seriedade com a coisa pública, ao me exonerar. Madeira

sexta-feira, 18 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/comissões)



Conselho Municipal de Segurança Pública de Guarapari: indicado como representante do segmento educacional para esta comissão municipal, e nomeado pelo prefeito municipal, desempenhei tal função por cerca de dois anos. Quase todos os municípios brasileiros já possuem conselhos de segurança pública, estruturados em lei municipal, com representantes de todas as vertentes comunitárias, conforme a legislação respectiva. A destinação desses conselhos é a de, através da forma colegiada e da composição heterogênea de munícipes, representantes da população local, contribuir com a segurança pública, recebendo informações das ações policiais e das dificuldades de realizá-las, e sugerir, solicitar determinadas ações de segurança. Em Guarapari, principalmente, o conselho foi e é muito importante, face a ser uma cidade de características muito próprias, pois é uma cidade, no verão, com a população duplicada, cheia de turistas, vendedores ambulantes e aventureiros - e outra cidade, claro, na baixa estação, além de ser ponto de passagem para quem vai para o litoral sul do ES. O apoio à PM/ES e à polícia civil, as discussões sobre a superpopulação carcerária e a deficiência crônica de recursos desses órgãos policiais, fora outros debates, sempre geraram atividades dos conselheiros: visitas e inspeções que, por sua vez, geraram ofícios e reuniões com as autoridades estaduais e a prefeitura, e foram, à época em que estive lá, demonstrações cabais da importância do conselho. Função não remunerada, mas importante para o município. Madeira

quarta-feira, 16 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/comissões)



Guarda Civil Municipal de Vitória: foi uma atividade comissionada em que atuei,neste município,e na qual tive por incumbência coordenar o curso de formação da primeira turma de guardas municipais.Foi um semestre de aulas intensivas, o dia todo, com a parte prática sendo realizada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento da Polícia Militar, em Cariacica, e estando sob a minha responsabilidade, por decreto do prefeito de Vitória, a coordenação de todas as atividades de ensino, de preparação dos futuros agentes municipais. Também coordenei a reciclagem dos agentes municipais de trânsito, e sua adaptação às características paramilitares da guarda municipal, pois a fiscalização de trânsito estava organogramaticamente na secretaria municipal de transportes, e foi passada para a nova secretaria municipal de segurança pública, criada para hospedar a guarda. Sendo um curso de concurso, era objeto de acompanhamento do tribunal de contas e da imprensa, pois se tratava de um órgão que estava sendo criado, e assim a curiosidade era muito grande. Felizmente tudo correu muito bem, com muito trabalho o dia todo, e foi um dia de muita alegria a formatura dos novos, em todos os aspectos, guardas municipais, e o início de suas atividades nas ruas de Vitória, com excelente postura e ótima aceitação da população. Mais uma missão cumprida. Madeira

terça-feira, 15 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/comissões)


Secretaria Nacional de Segurança Pública


Bombeiro Militar do Espírito Santo, CBM/ES, onde atuei por algum tempo, indicado que fui pelo Comandante-Geral, o Cel. Álvaro, para ser perito-consultor da SENASP,função não remunerada e que funcionou assim: através dessa indicação, fui convidado pela SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão do Ministério da Justiça, que é a responsável pelos altos estudos de segurança pública na área dos estados federados, ou seja, o órgão federal que acompanha, estuda, oferece apoio e se junta a todos os estados com problemas nessa área (apoio quer de inteligência e planejamento, quer de verbas e de pessoal, como no caso da Força Pública Nacional), para colaborar como perito-consultor. Entre as atribuições estava a de apoiar a defesa civil dos estados, que é encarnada, quando de ações próprias, pelos bombeiros militares estaduais. Para colaborar na elaboração do plano de defesa civil de cada estado, e fazer a previsão de verbas e dos meios necessários às ações, a SENASP solicita a cada corpo de bombeiros a indicação de dez pessoas de importância na comunidade, que tenham alguma ligação com a segurança pública, para serem designadas peritos-consultores (sem qualquer remuneração), e a eles envia questionários reservados, questionando a sua opinião frente à possíveis eventos naturais devastadores, suas consequencias e as ações necessárias de prevenção e de proteção. Esses peritos são trocados de tempos em tempos, e foi isso que fiz, atender os questionários, preenchendo-os com a minha visão e entregando-os no CBM/ES. Essas atividades e os peritos são de caráter reservado, mas sempre é uma alegria e um prazer fazer algo de interesse público - e por este estado que nos acolheu. Madeira

segunda-feira, 14 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/comissões)


O problema está na maldita cornetagem política


No estado do Espírito Santo, além das aulas na Acadepol e na PM, exerci uma comissão no estado, onde fui o primeiro e único diretor da AISP, Academia Integrada de Segurança Pública, órgão criado por força de lei, e que teria por incumbência unificar o ensino de segurança pública, o que era então um objetivo da secretaria nacional de segurança pública do ministério da justiça (SENASP). A idéia, que logo depois foi abandonada pelas autoridades federais - e, por extensão, pelas dos estados -, era promover a integração das polícias civil, militar e do bombeiro militar, através de um ensino integrado em uma só academia, onde ter-se-ia, em termos de segurança pública, uma filosofia una e uma doutrina compartilhada no aspecto geral, mas individualizada na forma da ação policial. Acreditava-se, e eu acredito até hoje, que assim não haveria espaço para rixas e desconhecimento das ações das forças policiais (entre si). Com a criação da AISP, fui convidado - pela experiência de pioneiro na ANP/DPF, e por ter dado aulas nas duas instituições capixabas de ensino policial (Acadepol/PC e CFA/PM), com livre trânsito em ambas e com a grande maioria de seus componentes de ex-alunos meus - para estruturá-la e colocá-la em funcionamento. Solicitei ao secretário de segurança a formação de uma equipe multidisciplinar, com a presença de oficiais da PM e do BM, de seus órgãos de ensino, e ídem da policia civil, mais um membro do Detran, pois a idéia era também abrigar, dentro da AISP, a formação do pessoal daquele órgão e das guardas municipais (que existissem ou viessem a existir nos municipios do estado), aumentando assim a unificação da segurança pública no ES. Foram meses de trabalho exaustivo, mas a equipe era excelente, e uma vez concluído foi apresentado e discutido com os cabeças das organizações que seriam atendidas, com membros do legislativo, com ONG´s da área e, por fim, exposto à cúpula da segurança no estado. Ficou lindo o trabalho, totalmente integrativo, e que aqui não cabe dissecar, mas nisso mais de meio ano se foi e, com as mudanças políticas, o interesse nessa unificação foi para o brejo; entreguei o cargo e, passados mais alguns meses, em uma composição política, para a troca de cargos públicos, a AISP foi, por lei, extinta, e os cargos que esta previa para que ela funcionasse foram transferidos para outras áreas públicas. Com isso, ficou nos arquivos das instituições envolvidas o projeto pronto, para ser rediscutido quando de novo houver interesse em se ter polícias que funcionem. Comigo, mais uma vez, ficou a grande frustação de um caminho muito bom ser abandonado. Mas de minha parte sei que fiz o certo e o bom, para o ES e o Brasil. Madeira

domingo, 13 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/funcionário)



Departamento de Polícia Federal (DPF) - à época de meu ingresso, Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP): lá completei minha formação cívica, iniciada no Exército Brasileiro. Tive o orgulho de participar da equipe que, em atendimento à lei 4483/64, que criou a polícia federal brasileira, a estruturou, gerando o decreto 56.510/65. Desempenhei várias comissões de alta relevância, cargos de chefia, em Brasília, sede do departamento, na seção de estudos do BCN (Bureau Central Nacional) da Interpol e na direção geral da Interpol no Brasil. Fui ainda chefe da seção de cursos e concursos da Academia Nacional de Polícia (responsável pela estruturação e aplicação dos concursos e dos cursos da Polícia Federal), chefe das delegacias de repressão ao tráfico de drogas e de repressão ao tráfico de pessoas (combate aos traficantes de escravas brancas, ou seja, aliciamento de mulheres para prostituição no Brasil ou no exterior) no Paraná e em Santa Catarina, superintendente regional no estado do Maranhão, e depois no estado do Ceará, assessor geral de ensino, junto à direção geral do DPF, coordenador policial na superintendência do estado do Espírito Santo (responsável por todas as operações policiais, hoje denominado delegado executivo). Todas graças à formação pessoal que tive, herança de meus pais, e à formação profissional eivada de êxito e reconhecimento. A isto tudo junte-se a atuação no ensino policial, na ANP e em várias academias de polícia nos estados, em convênio com o DEA (Drug Enforcement Administration/USA). A polícia federal correspondeu a todas as minhas expectativas, tendo papel saliente e determinante na minha vivência nesta encarnação; acrescentou-me muito conhecimento, reconhecimento e amizades, e nada tenho a reclamar, nem mesmo do que à época levou-me a deixá-la, ainda que com o coração partido, pois os erros são dos homens que dão vida às organizações, e nós todos estamos sujeitos a eles, inclusive a cometê-los. Valeu e muito, DPF, que hoje está, lamentavelmente, politizada, com o que não concordo. No meu tempo não seria aceitável, e nem mesmo a Revolução o fez, tanto que fui Cidadão Maranhense e Cearense, indicado pela oposição, o MDB, e tal foi aceito, já que as homenagens foram por cumprir a lei, sem partidarismos. Madeira

sexta-feira, 11 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/funcionário)


Ralando e vibrando sob o céu de Brasília


Guarda Especial de Brasília, atual PM/DF: lá iniciei minha carreira de policial, como oficial de força armada auxiliar, uma espécie de polícia militar. Criada por lei federal, quando a futura capital do país ainda estava sendo construída, para manter a ordem pública, recrutava e selecionava seus componentes entre reservistas do Exército Brasileiro, nos seus diversos níveis hierárquicos. Assim, os oficiais eram oriundos da reserva do Exército, formados nos CPOR´s, prestando provas, para o ingresso, intelectuais, físicas e de saúde. Passadas essas barreiras e ingressando na GEB, fui designado para o sub-comando da Companhia de Trânsito, onde comandei blitzes diárias de controle. Naquele tempo, de forma nenhuma policial ficava dentro da viatura, parado, sentado, falando ao celular ou batendo papo. As horas de serviço eram tiradas interceptando-se pessoas, pedindo documentos, revistando se preciso. Enfim, inibindo as possibilidades dos criminosos agirem. Depois desse primeiro comando policial, fui transferido para o sub-comando, com a incumbência de estruturar e implantar a recentemente criada tropa de choque da GEB, a Companhia de Serviços Especiais. A designação de sub-comandante, ou comandante, na carreira militar, nada tem a ver com a capacidade, e sim com a graduação, ou, quando da mesma graduação, pela antiguidade na corporação, e eu tinha acabado de ingressar na GEB. Foi muito bom pela aprendizagem, presente em todos os momentos da nossa vida, pela imposição da ordem pública com seriedade e pelos amigos feitos. Após mais de dois anos por lá, e com a criação da Polícia Federal, terminei minha carreira, por opção minha, dentro do oficialato policial militar, e com esses dois exercícios de direção. Valeu GEB - transformada em Polícia Militar do Distrito Federal com a Revolução de março de 64 -, por tudo que aí passei e conheci. Madeira

quinta-feira, 10 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/funcionário)


A infantaria blindada


2º BIB: segundo batalhão de infantaria blindada, onde estagiei durante cerca de de um ano e meio como aspirante, e depois segundo-tenente do Exército Brasileiro. Situado em São Cristovão, no limite com a Mangueira, próximo à entrada principal da Quinta da Boa Vista, e também próximo à estação de passageiros da Mangueira, da Central do Brasil. Lá, tanto como oficial-subalterno da companhia de comando, onde comandava o pelotão de metralhadoras, como comandante, em substituição nas férias do capitão-comandante, da segunda companhia de infantaria, e como oficial-de-dia, muito aprendi de como comandar, chefiar e liderar pessoas, ainda mais em situação de combate, onde se exige o sacrifício da própria vida. Foi gratificante receber recrutas, a maioria de origem pobre, e ensiná-los a ordem social, desenvolvê-los para o dia-a-dia, dentro dos príncipios de hierarquia (presente em toda a vida, e não só na vida militar), torná-los cumpridores de deveres, de horários, cobrar-lhes os preceitos mínimos de higiene, de limpeza corpórea e de ambientes... Enfim, o EB é um local de formação cidadã, e fiz a minha parte. Os acampamentos em Tubiacanga, na Ilha do Governador, e as manobras militares, com a superação do cansaço e as habilidades técnicas de guerra, ensinaram-me a nunca sentir-me cansado e a dominar o cagaço (nome militar do medo), transformando em prática a aprendizagem teórica do CPOR/RJ. Disputei as olimpíadas militares, competindo com denôdo, sem entregar os pontos nunca, e só aceitando a derrota após o fim da refrega, respeitando o derrotado e sem grandes comemorações, pois o vencedor de hoje pode ser o perdedor de amanhã, já que a vida não é composta só de vitórias ou só de derrotas, e assim devemos ser humildes nas vitórias e não ter vergonha nas derrotas, desde que tenhamos lutado por aquelas até a última fibra do nosso corpo. Lá aprendi uma grande verdade, fortemente real na vida militar, com sua espessa hierarquia, onde você sempre comanda alguém, mas sempre é comandado por outro: para comandar, a primeira regra é saber obedecer. E assim fiz lá e procurei fazer no meu viver, comandando, mas também obedecendo, tudo dentro da hierarquia da vida, da família e das instituições em que laborei. Madeira

quarta-feira, 9 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/ensino/direção)



No nível superior de educação, a instituição de ensino que tive a responsabilidade de dirigir foi a Faculdade de Turismo de Guarapari/FACTUR, inicialmente faculdade isolada, e a primeira de turismo no estado do ES, da qual eu era professor e chefe de departamento, até ser escolhido pela mantenedora para ser o diretor; isto no meio de uma crise de perda de alunos, cinco anos depois de criada, e de ter sido há pouco reconhecida pelo MEC. Foi um trabalho árduo, pois de uma possibilidade de trezentos e vinte alunos, oitenta por ano de ingresso, estava com pouco mais de cem, fruto da visão pequena de quem lá estava. Com carta branca da mantenedora, estimulei a equipe, reformulamos alguns comportamentos, escrevemos os manuais e amarramos a prática docente a critérios de resultados, pois chegamos a ter quatro candidatos por vaga no vestibular, e posteriormente uma grande evasão, por problemas que iam do financeiro até as aulas chatas, o que era um absurdo, em especial na área de turismo, alegre pela própria natureza. Aulas de campo, viagens de estudos, eventos, ressuscitação do DA, reformulação programática... Enfim, uma reviravolta completa, que entusiasmou tanto os donos que, depois de tentativas por mim rechaçadas de juntar turmas, construíram um campus e aceitaram instituir mais cursos. Assim a FACTUR, quatro anos depois de minha chegada à direção, chegou ao status de faculdades integradas, tornando-se a FIPAG, Faculdades Integradas Padre Anchieta de Guarapari. Com isso fui levado a mais dois mandatos de quatro anos (era regimental este sistema de mandatos), e a deixei, após doze anos de direção, com mais cinco cursos, todos reconhecidos pelo MEC e com boas avaliações (apesar das dificuldades de relacionamento com a mantenedora). Os cursos eram administração, contábeis, pedagogia, comunicação social e direito. A saída, razoavelmente traumática, veio na hora certa, tanto pelo cansaço de doze anos de estrada e trabalho noturno, quanto por não ter mais nada a acrescentar à instituição. A falta de conhecimento da área de educação, da parte de seus proprietários (vide quando assumi), estava gerando brigas comigo, em função das tentativas de interferência em minha área de atuação regimental, uma intromissão sem sentido, legal e administrativamente; ou seja, com a carta branca cassada, tratei de cair fora. No entanto, a FACTUR/FIPAG foi uma boa época de trabalho, por tudo que fiz, principalmente a redação de todos os documentos internos e externos, estes para o MEC, com várias de suas comissões autorizando e reconhendo os cursos, tudo com o meu envolvimento. Também lá pude conhecer a capacidade de trabalho, a ética, a competência, o carisma e a inteligência de meus filhos Caio e Flavia, e de minha afilhada Mônica, pois todos lá foram professores quando fui diretor. Um ano e meio depois de minha saída a FIPAG acabou, com a venda da marca para o grupo Pitágoras. Este foi o maior fruto da ignorância de seus proprietários na área de educação, a entrega a um grupo de fora do estado de um campus excelente, e de um trabalho regional, mas sério. Mas valeu FIPAG, ambos fomos marcados positivamente por esta relação. Madeira

terça-feira, 8 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/ensino/direção)



Duas foram as instituições de ensino particulares que dirigi. A primeira, por um mandato de quatro anos, foi o Centro Educacional Guarapari,à avenida Jones dos Santos Neves, em Guarapari, de 1999 a 2003. O CEG, aliás, foi estruturado e colocado em funcionamento por mim e pela supervisora-professora Dolores, excelente profissional, com uma capacidade de trabalho impressionante, atendendo a pedido do mantenedor, o mesmo da FACTUR/FIPAG, faculdade à época por mim dirigida. Foi um trabalho árduo, lançar um colégio novo em um mercado como Guarapari, matutino e vespertino, com todo o ensino fundamental e o médio, e competindo com colégios particulares tradicionais, mas que frutificou e, em quatro anos, quando saí face ao crescimento das faculdades, já tínhamos um nome e quase quatrocentos alunos. Foi um bom trabalho educacional. A outra experiência, muito mais fácil, e também de cerca de quatro anos, foi a direção do Centro Educacional Elzira de Souza Caldeira, o CEESC, colégio situado no bairro de Jardim Colorado, em Vila Velha, existente há cerca de trinta anos, de propriedade da mãe de minha esposa Eugênia. Também do fundamental ao médio, mas todo estruturado pela Eugênia, pedagoga e psicopedagoga com vasta experiência. Essa foi beleza. Portanto, foram oito os anos de direção escolar, com uma aprendizagem, nessa área da educação, muito boa. Valeu. Madeira

segunda-feira, 7 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/ensino/docente)



Faculdades Particulares: desde a minha formatura em docência no CEUB, onde logo lecionei História do Brasil, passei a lecionar, em particular no ES, quando deixei a Federal e então tal coisa passou a ser uma profissão para mim, em faculdades particulares. Em 79 ingressei na FAESA, no campus de Monte Belo, e lá lecionei várias disciplinas nas áreas de Direito e de Administração, durante vinte anos. Lá também fui chefe de Departamento, primeiro de Ciências Complementares e depois de Administração (trabalho hoje de Coordenações), além de ter sido paraninfo em dezenas de formaturas. No mesmo ano ingressei na UVV, em Vila Velha, onde lecionei durante quase dezessete anos as disciplinas do básico de Direito, com a alegria de ter sido o paraninfo da turma de meu filho Caio. Lecionei ainda em Colatina, durante um semestre, na Faculdade de Direito de Colatina, do Pergentino e da D.Hilária, em substituição a esta, que ficou afastada face ao assassinato estúpido do filho, a disciplina Estudos de Problemas Brasileiros, que hoje não existe mais. A Faculdade de Ciências Humanas de Vitória foi outra em que lecionei, para o curso de Administração, a disciplina Administração de Recursos Humanos, durante dois anos. Todas estas faculdades tive que deixar em 1995, para assumir a direção da Faculdade de Turismo de Guarapari - onde antes lecionei Antropologia - por quatro anos. Com a expansão e a criação de mais seis cursos, mesmo sendo diretor, lecionei no turismo (administração aplicada) e na comunicação social (também a administração aplicada). Em todas sei que marquei meus alunos pela seriedade e pelo carinho com que me dediquei à docência. Foram experiências gratificantes e marcantes, que revivo a todo momento, pois volta e meia encontro ex-alunos que me fazem muita festa e muitos elogios. Madeira

domingo, 6 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/ensino/docente)


Cursinhos: ralação e gente paca


Cursinhos: as necessidades financeiras levaram-me, durante certa época, a lecionar em cursinhos. É a única forma de um professor, no nível médio, ganhar dinheiro, mas é também uma das formas de escravidão moderna. As aulas aos montes, intensivas, de revisão, mais os simulados aos sábados... Enfim, um ritmo doido, puxadíssimo. Lecionei para vestibular, na Grande Vitória, no Positivo, quando este chegou à Vitória, funcionando na FAESA; no BAC, do Solimar Riva, na praça Costa Pereira; no Nacional de Vila Velha, do Sidney Riva; e no Promove, no prédio ao lado da Receita Federal, logo acima da então Yung. Mas onde mais lecionei (e ganhei dinheiro) foi nos cursos para concursos Dom Bosco, do José Maria. Funcionaram em vários lugares, de início no Salesiano, e era e é o melhor curso para essa finalidade, pois o Zé Maria é fera nessa área. Lecionei sempre, em todos os cursos para vestibular, a disciplina História, e à época tinha OSPB, Organização Social e Política Brasileira, com a qual também trabalhei. Já para os concursos sempre lecionei Direito Constitucional, minha área de doutorado, e de que eu gostava muito. Valeu. Madeira

quarta-feira, 2 de julho de 2008

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Docência em organizações de segurança nacional, pública e empresarial: após ter feito os cursos de sltos estudos nas ADESG´s do Paraná ,Maranhão, Ceará e Espírito Santo, fui sempre nos anos seguintes palestrante nas mesmas. Pela minha condição de Delegado da PF, caiu para mim a responsabilidade de palestrar e depois debater a atuação da mesma no estado, no combate aos crimes que atentavam contra nossa soberania, com destaque para os da ordem política e do tráfico de drogas. Sempre foi muito fácil e tranquila esta missão, ficando o DPF mais respeitado na área. Outra docência na área de segurança pública foi efetuada em Vitória, quando da criação e formação de sua Guarda Civil Municipal, onde lecionei a disciplina Direito Constitucional, colaborando na formação dos guardas municipais, corporação hoje em pleno funcionamento na capital e com respeito da população capixaba. Ainda lecionei, e muitas vezes, em cursos sobre segurança empresarial, atendendo a convites vários, de grandes empresas do ES e de SP, MG, PR e RS, como a Vale e a Aracruz no ES, Mannesmann e Usiminas em MG, a Cidade Industrial de Curitiba/PR e em cursos abertos sobre segurança empresarial no RS, SP e MG, atendendo aos convites de empresas de treinamento locais, ocasião em que escrevi algumas apostilas de referência no assunto, tais como ações anti-sequestro de executivos e riscos à segurança empresarial. Valeu, foram bons momentos de troca de conhecimentos e novos companheiros. Madeira

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Docência em organizações policiais: a primeira foi a da minha casa profissional, a Academia Nacional de Polícia, minha querida ANP, da qual fui dos primeiros alunos e logo professor. Desde o barracão no futuro setor policial sul, no fim da W3 sul, em 1961, onde fiz o meu primeiro curso e dei aulas para a Cia de Serviços Especiais da GEB, formando nossos soldados para o controle de distúrbios civis, chegando à Academia pronta, na localização apropriada, onde lecionei para todos os níveis de formação e aperfeiçoamento do pessoal da Polícia Federal, de agentes a delegados da Polícia Federal, disciplinas como Inteligência Policial, Investigação Policial, Técnicas de Interrogatório, Prevenção e Repressão a Tóxicos e Entorpecentes e várias outras condizentes com minha formação e experiência policiais. Pela ANP também lecionei em praticamente todas as Academias de Polícia das secretarias de segurança pública dos estados, dentro do programa custeado pelo DEA/USA de combate às drogas, onde minha disciplina era a investigação policial no crime de tráfico de drogas. A ACADEPOL/ES, na Reta da Penha, em Vitória, foi outra casa minha durante décadas, de 1979 aos anos 2000, quando foi desativada (os cursos passaram a ser em Academias de outros estados, um absurdo inventado pelo governo do ES), lecionando Relações Interpessoais, Introdução ao Direito, Direito Penal, Investigação Policial, Técnicas de Interrogatório e outras, em cursos que iam da formação e aperfeiçoamento até o Curso Superior de Polícia, em todos os níveis, de motorista policial a Delegado Especial. A PM/ES, no seu CFA, em Itacibá, foi também, de 1994 até 2000, outra casa de ensino em que lecionei, iniciando pelo curso-concurso de sargentos em 94 e prosseguindo pelos cursos de reciclagem e formação de soldados, e no CFO, Curso de Formação de Oficiais, sendo as minhas disciplinas Introdução ao Direito, Direito Penal e Criminologia. Valeu a contribuição que pude dar a essas instituições de ensino policiais. Madeira

terça-feira, 1 de julho de 2008

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SLAPSIC - Sociedade Latino-Americana de Psicologia Clínica: a minha curiosidade sobre a área das ciências humanas, sobre a mente humana, sobre os comportamentos humanos, levaram-me a matricular-me em um curso de formação em psicanálise, técnica criada por Sigmund Freud, para buscar esclarecer os processos inconscientes dos comportamentos dos seres humanos. Para tanto, visitei as escolas e associações legais de tal ensino e, posteriormente, exercício profissional. Encontrei a Slapsic e nela matriculei-me, arrastando Terezinha para fazer comigo o curso de dois anos, intensivo, um final de semana por mês, com aulas às sextas, aos sábados e aos domingos, com professores renomados de Belo Horizonte, todos muito bons e com vasta experiência profissional. As aulas eram muito boas, movimentadas, com cases e exercícios, e aprendemos muito. Diplomado, porém, permaneci na condição de mero detentor do conhecimento, que utilizo para analisar, no sentido de entender, os comportamentos dos que me cercam. Tem sido de muita valia, para que aceite muitas coisas que vejo praticadas e com as quais não concordo. Isto porque não desejei nem desejo clinicar, já que não tenho a paciência para ficar cinqüenta minutos ouvindo as agonias e os problemas dos outros sem induzi-los a resolverem-se de uma vez por todas, ou seja ,no estilo do analista de Bagé, chutando o balde, custe o que custar, mas sem ficar remoendo, sofrendo. O analista deve ser paciente e deixar o paciente entender a situação que está vivendo através de suas próprias conclusões, de suas próprias vontades, de sua própria ótica, para que este então resolva-se da forma que quiser, e com isso muitos levam anos e anos em análise, pois não o conseguem em tempo breve. E eu lá, parado, só ouvindo? Não dá pra mim. Mas foi um bom curso, que me ensinou um bocado sobre os comportamentos humanos. Valeu SLAPSIC. Madeira

segunda-feira, 30 de junho de 2008

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ADESG - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra: é uma instituição de altos estudos, que existe em todos os estados da Federação, presidida por um militar da reserva ou ex-dirigente de algum órgão de importância estratégica para a nação, e que tenha cursado a ESG, Escola Superior de Guerra. As ADESG´s destinam-se a produzir documentos estratégicos, documentos que proporcionem planejamentos estratégicos que possibilitem a formatação da política nacional, a nível regional. Por exemplo: o ES é um estado de conformação geográfica que permite instalações portuárias para a navegação de alto calado, e esta é uma área sobre a qual certamente interessa ao governo federal possuir o máximo de dados e informações, para integrar planejamentos estratégicos do país, e aí aparece a ADESG para, através de suas lideranças locais, proceder,em primeiro nível, esses estudos, que são indicados a cada ano pela ESG para cada estado, e depois de prontos para a mesma remetidos, facilitando os seus trabalhos. Já fui convidado, pelas funções no DPF, a fazer cursos das ADESG´s do Paraná, Maranhão, Ceará e Espírito Santo, sendo depois nos anos seguintes palestrante nas mesmas. Foi uma experiência excelente, tanto pelas temáticas estudadas, que o são após uma série de palestras, de palestrantes vindos da ESG ou locais, como pelos conhecimentos produzidos em parceria com as inteligências de cada um desses estados. As ADESG´s são mini-ESG´s em todos os aspectos, da organização ao formato das paletras, e são um nicho de patriotismo. Valeu ADESG´s. Madeira

sexta-feira, 27 de junho de 2008

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Escultura comemorativa das suas quatro décadas de criação, instalada na entrada do Forte Duque de Caxias, no Leme


Centro de Estudos de Pessoal do Exercíto, CEP: situado no Forte do Leme, no Rio de Janeiro, e lá estudei durante quase um ano, aprendendo tudo sobre inteligência, para que implantasse no DPF a área correspondente. Curso de nível superior para oficiais das Forças Armadas, teve pela primeira vez (não sei se houve uma segunda, mas creio que não) a presença de um civil, delegado de Polícia Federal. O curso de formação de analista de inteligência( à época chamado de analista de informações) teve um currículo sensacional, no qual aprendemos desde filosofia, sociologia e política, todas aplicadas a entender os pensamentos contemporâneos, até técnicas de interrogatório e classificação de documentos. O comandante era o coronel Octávio Costa, que depois foi o formulador, já como general, da política de comunicação social do governo federal. Os instrutores eram todos oficiais superiores das Forças Armadas e professores da Escola Superior de Guerra (ESG). Era impressionante o nível dos debates e o conhecimento sobre a conjuntura política e social mundial. Hoje, ao ver a conjuntura mundial, muitas vezes, lembro das projeções feitas após muitos debates e análises, e que ganharam as cores da realidade atual. Efetivamente a ESG, as ADESG´s e a hoje ABIN possuem feras nesse campo. O CEP foi o embrião da ESNI, Escola Nacional de Informações, hoje incorporada à ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, e esta por sua vez a sucessora do SNI, Serviço Nacional de Inteligência, sobre o qual muitas pessoas não compreendem corretamente as atribuições que lhe cabiam, e que nada tinham a ver com ações de dedo-duro e de prisão, e sim de coleta de dados e análise dos mesmos, para permitir a projeção de fatos futuros em todos os campos psico-sociais, que servem de orientação para as decisões macro do governo federal. Valeu CEP, valeu EB. Madeira

quinta-feira, 26 de junho de 2008

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Interpol, Organização Internacional de Policia Criminal, à época em Saint-Cloud, subúrbio de Paris, central internacional de combate à delinqüência internacional (aos criminosos que cometem crimes em diferentes países, fugindo de um para o outro para escapar da Justiça) e difusora de formas de prática criminosa, para que as polícias de todo o mundo possam conhecer e combater melhor os delitos, com uma centralização de informações de milhões de dados, e onde estagiei ao voltar de uma conferência internacional em Kyoto/Japão. Lá permaneci por um mês para conhecer seu funcionamento. Hoje, como ficaram pequenas as instalações, já funciona em outro local, na cidade de Lyon, sempre na França, por ter sido o país que a idealizou finda a primeira guerra mundial. A Interpol possui uns poucos funcionários próprios, todos burocráticos, mantidos com o dinheiro que recebe anualmente dos países associados, como taxa de manutenção pelo uso de seus serviços, sendo os demais, todos eles, técnicos cedidos pelas polícias de todo o mundo a ela associadas, e pagos pelas suas origens. À época, iniciava-se a era da informática no mundo, com grandes computadores, os hards, mas já lá estava o que de mais moderno existia. Foram dias muito importantes, onde aprendi tudo sobre investigação documental, sobre formas de fraude de todos os tipos, empresariais, de espionagem industrial, bancárias, sabotagem etc; enfim, uma completa aprendizagem prática sobre crimes de colarinho branco, ou seja, perpetrados mais com inteligência do que com violência. Valeu, Interpol, organização importantíssima, que age pela inteligência e através das polícias dos países afiliados. Madeira

quarta-feira, 25 de junho de 2008

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Drug Enforcement Administration - DEA/USA: durante cerca de cinco meses fiz um curso, a nível de lato-sensu, especialização, em Washington e New York, sobre os tipos de droga existentes, seus malefícios, técnicas policiais para conhecê-las e combatê-las, técnicas para vigiar e prender traficantes, rotas internacionais e meios de introdução das drogas nos países, aliado às melhores técnicas didáticas para repassar o que aprendi, para ser um multiplicador no Brasil. Fui indicado para êsse curso por já estar dando aulas a respeito pela ANP, para as polícias estaduais, com excelente avaliação, mas baseado apenas em estudos feitos em particular e pela experiência enquanto na SR/DPF/PR. Valeu, pois os americanos são de uma praticidade incrível, totalmente voltados para os resultados, sempre buscando a perfeição nas ações, que são exaustivamente planejadas, reproduzidas em locais parecidos com os da ação verdadeira ou até, se necessario, construindo maquetes ou cenários para os treinamentos. A jornada de estudo era de dia inteiro, às vezes com instrução noturna, mas o diferencial era, além é óbvio dos meios, lá inúmeros, sem restrições, a obrigação de após toda e qualquer aula teórica ter o dobro de prática, fosse em sala, documental, fosse em biblioteca, fosse na rua. A mais comum sempre foi a documental. Após explicar detalhadamente como fazer ou reconhecer ou utilizar algo, em alguma operação policial, isto tudo através de apostilas, com tradução simultânea e apresentação de slides ou filmes, normalmente levando a manhã toda, as tardes eram para resolver cases reais sobre o assunto ensinado, e aí vinha a nota referente a ter acertado a solução real ocorrida, e se fosse um caso em que dera tudo errado, com mortes, fugas etc, tinha que ser corrigido e mostradas as falhas e o porque destas. Ensino espetacular, solto, discutido, demonstrado, enfim, assim se aprende mesmo e eu, nós todos aprendemos muito. É verdade que muitas das técnicas que êles utilizam lá nossa legislação não permite, tais como a compra da droga com dinheiro marcado e prisão imediata do traficante, penetração autorizada pela justiça e infiltração, ou seja, o policial é colocado dentro da organização criminosa com uma e.c. (estória de cobertura) e de lá passa informações que permitam desbaratar o bando (na e.c. já existe a forma de fuga dele, quando do estouro da quadrilha). Nesta está a maior quantidade de agentes mortos, pois às vezes são descobertos. Em New York nós estagiamos e lá conhecemos o funcionamento de vários órgãos policiais americanos, dentre êles o FBI. Foi muito proveitoso e, apesar das restrições ao american way life e à arrogancia deles, tem-se de tirar o chapéu para êles nos aspectos seriedade e competência. Serão ainda por muitas gerações a maior nação do mundo, em muitos quesitos. Madeira

terça-feira, 24 de junho de 2008

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"Usa teus direitos no todo ou em parte, mas sempre com honradez."

Maomé


Academia Nacional de Polícia, ANP: órgão de ensino policial e de altos estudos sobre a criminalidade e ações de defesa social, pertencente a estrutura funcional do Departamento de Polícia Federal, e casa de ensino que freqüentei muitas vezes, nela fazendo toda a minha formação, especializações e aperfeiçoamentos policiais. Nos primórdios, antes da criação do DPF, já funcionava em um barracão no futuro setor policial sul, no fim da avenida W3, e lá fiz meu primeiro curso, denominado Orientação Didática, para poder dar aulas na mesma. Após a criação do DPF, foram construídas excelentes instalações, compostas de salas de aula amplas e claras, de um anfiteatro, tipo romano, de uma excelente biblioteca, de salas administrativas e de um ginásio de esportes, com um estande de tiro e um tatame subterrâneos, abaixo da quadra do ginásio, com mais uma quadra descoberta externa e amplo estacionamento. Hoje não funciona mais nesse lugar, encontrando-se instalada próxima à cidade satélite de Sobradinho, muito maior e mais moderna, face a necessidade de expansão, com mais instalações, em especial locais de hospedagem para aqueles que vêm fazer cursos e estão lotados em outros estados. Lá, na antiga Academia, fiz vários cursos de atualização, e os mais importantes da carreira, que foram o de formação de Delegado de Polícia Federal, com duração de onze meses e muita teoria/prática de todas as disciplinas policiais, de promoção, e o Curso Superior de Polícia, de altos estudos de segurança nacional, de seis meses, com professores de altíssimo nível, ministros de Estado inclusive, que é para se poder atingir o ápice da carreira, permitindo o acesso ao cargo final, Delegado de Polícia Federal, nível Especial, e capacitando para o exercício dos cargos máximos de Superintendente Regional e de membro da alta Direção do DPF. A ANP marcou-me bastante por tudo que lá aprendi, e pela quantidade de tempo que lá passei na minha carreira na PF. Valeu ANP, órgão importantíssimo da Polícia Federal, escola de formação de policiais federais de escol. Madeira

segunda-feira, 23 de junho de 2008

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Centro de Preparação de Oficiais do Exército, CPOR/RJ: ainda adolescente, aos dezoito anos, com a idade para cumprir a obrigatoriedade do serviço militar, e como não desejava fugir a nenhuma obrigação legal, principalmente de caráter patriótico (sempre fui caxias no cumprimento de minhas obrigações), resolvi utilizar o meu direito de, ao invés de cumprir o meu dever como soldado, o fazer como aluno oficial, daí ter cursado por dois anos o Centro. Ao ser selecionado, escolhi a arma de infantaria, pois nenhuma das outras me agradou ao estudar as respectivas funções nos campos de batalha. Cavalaria (nada queria com cavalos e nem com ir verificar a posição do inimigo, fazer o chamado reconhecimento e voltar); Artilharia (nada queria com centenas de cálculos e atirar no inimigo por cima da tropa amiga); Engenharia (nada queria com montar e desmontar pontes e detonar campos minados); Intendência (nada queria com levar a comida, o papel higiênico e outros para quem está combatendo). Com isso ficou fácil: meu negócio era ser infante, Pé de Poeira, única arma que tem a glória suprema de ver o branco dos olhos do inimigo, de combater peito a peito com êle, sob o fogo da metralha, aquela que é das armas a rainha, como o próprio hino da Infantaria o diz. Dois anos no quartel do CPOR, então em São Cristóvão, ao lado do portão da Quinta da Boa Vista, local onde aprendemos a marchar e a desfilar, e casa que nos aprimorou e acrescentou, a mim em particular, pelos ensinamentos aprendidos no lar, tais como a ter honra sem mácula, coragem pessoal, vontade indômita e o domínio das necessidades pessoais; a quebrar o medo, subordinando-o ao raciocínio; a saber que, quando achamos que não aguentamos mais, sempre existe um algo mais a dar, retirado da nossa fibra, e onde aprendi a camaradagem sem fronteiras, a amizade sincera sem inveja, a respeitar e cumprir a hierarquia, que é própria do viver. Quartel gostoso, de uma limpeza impecável (como qualquer organização militar), com salas de aula amplas e arejadas, instrutores de escol, educados mas rígidos, e que também ensinaram, ao contrário da vida civil, que os melhores devem ser elogiados, içados para as glórias da vitória, esta conseguida pela superação, para servirem de exemplo e modelo. E que os que erram devem ser punidos com firmeza, apenas com o entendimento e ensinamento necessários ,para não errarem de novo. Exército Brasileiro e CPOR: locais de modelagem de caráter, de correção de ações, de padrões de comportamento, aos quais muito devo e que servirei sempre e de todas as formas que puder. Madeira

sexta-feira, 20 de junho de 2008

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Conexão L2 Sul-L2 Norte


Faculdade de Serviço Social de Brasília: faculdade pertencente ao Governo do Distrito Federal, hoje encampada pela UNB, que freqüentei durante três anos, enquanto ainda na Interpol, não tendo concluído o curso pela impossibilidade de estagiar, pois não consegui autorização para tal, por ser policial. Com, à época, tempo livre, e admirador das ciências sociais, conheci o currículo do curso de Serviço Social (não sei se ainda é assim), apaixonei-me pelas disciplinas constantes e resolvi fazer o curso. Lá travei contato com disciplinas que nunca tinha estudado e que desejava conhecer, tais como psicologia geral, psicologia evolutiva, psicologia social, psicopatologia, filosofia, sociologia, antropologia cultural, economia social, higiene e medicina social, organização do trabalho intelectual, pensamento social, pesquisa social, introdução ao serviço social e serviço social de caso, de grupo e de comunidade. Estudos gostosos, encantadores, que me deram uma forte base de conhecimento das ciências sociais. Era uma turma pequena, não chegava a trinta alunos, e apenas dois do sexo masculino, eu e um colega, o que também foi muito diferente para mim, não acostumado a uma maioria feminina em sala de aula. Funcionava em um pequeno prédio da Fundação de Serviço Social do DF, na L2 Sul, setor de repartições públicas, de andar térreo, branquinho, muito funcional e tudo novo. Era um curso que eu gostaria de ter terminado, mas à epoca não pude e depois não tive mais ocasião pelas demais atividades profissionais, mas valeu por tudo que aprendi, e serviu-me para estudos posteriores e para o dia-a-dia. Valeu. Madeira

quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Uma "pequenina instituição de ensino"


Unicidade: faculdade pequena, no centro de Vitória, com curso de graduação apenas de pedagogia e vários cursos de pós-graduação. Tentou, dentro de suas limitações, ter um curso de mestrado em educação, que começou muito bem, com professores-doutores da UFES, mas logo após não conseguiu mantê-lo, tanto pelos custos como pelas exigências mequianas (do MEC, dos nossos burocratas da educação). Assim, resolveu, com aquiescência dos alunos, transformá-lo em cursos lato-sensu, de especialização, que tivessem os mesmos conteúdos do mestrado e a mesma carga horária total, ao final. Com isso espichei mais um pouco e fiz três pós, respectivamente de psicopedagogia, pedagogia empresarial e gestão escolar, que eram áreas em que eu labutava ou já tinha labutado, e assim tinha a experiência da prática. Estudar em instituições pequenas constitui uma vivência interessante, principalmente quando sempre se estudou em grandes organizações. Todos se conhecem, você não é mais um aluno, você passa a ser conhecido e a ser bem melhor atendido, e com isso a se envolver mais com o estudo, professores, corpo administrativo - e a se sentir um aluno, não um aluno a mais. A Unicidade me deu (teve a sua parcela de importância, diferenciada, no meu processo de crescimento intelectivo) o domínio teórico de áreas da educação que eu já tinha vivenciado, mas não teorizado. Valeu, pequenina instituição de ensino. Madeira

terça-feira, 17 de junho de 2008

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UNISUL: Universidade do Sul de Santa Catarina, hoje conhecida nacionalmente pelos times de vôlei (está lá o Giovanni Gavio) e futsal, uma força do ensino superior nacional, em especial dentro do Estado de Santa Catarina. Com vários campus no Estado e sede em Florianópolis, oferecia um doutorado em parceria com a UMSA, Universidad del Museo Social de Argentina (museo de musas, divindades gregas que representavam as diversas áreas de conhecimento), na área de Administração, com o nome de Doctorado en Ciencias Empresariales, apoiado em Tratado Internacional referendado pelo Senado Federal, com validade legal para países membros do Mercosul, na cidade de Tubarão/SC. Interessado em ampliar meus conhecimentos nessa área, depois de verificada a idoneidade das instituições, programa e professores (todos doutores), freqüentei o campus da UNISUL em Tubarão nos meses de dezembro(parte)/janeiro/parte de fevereiro e julho todo, por dois anos. O curso, muito bem estruturado no estilo argentino, e onde emcontramos em andamento a união de três áreas integradas ao dia-a-dia administrativo, que são as ciências da administração, da economia e da contabilidade, irmãs na tarefa de tornar o gerenciamento empresarial mais rico, mais veloz, mais correto (isso no Brasil é impossível, face aos cartéis dos conselhos dessas três áreas, que nunca aceitarão tal união), foi excelente e oferecia dezoito disciplinas que se integravam, sendo seis de administração, seis de economia e seis de contabilidade. Professores-doutores e pós-doutores na Inglaterra e Alemanha, e que estavam no mercado, em grandes multinacionais ou no poder público argentino, que nos deram grande contribuição teórica e prática. Interessante a avaliação, que constava sempre de cases reais, ora individualmente ora em grupo, com a apresentação do resultado alcançado. Fechávamos com uma avaliação final oral, denominada pelos professores de confessionário. Com instalações de primeira e biblioteca espetacular, e com serviço de cópias com entrega onde você estivesse, valeu muito para que eu aumentasse minhas convicções e certezas sobre a administração científica, e também concluísse que no Brasil ainda estamos no beabá da gestão, seja privada (eivada de interesse pessoais, na mão de grupos familiares), seja pública (nas mãos dos apaniguados dos vencedores das eleições, e que normalmente são companheiros derrotados em eleições e pela vida, de pequeno ou nenhum conhecimento da área que vão dirigir). Pobre Brasil que não é, nem nunca foi, subdesenvolvido, e sim que é, e parece que o será por muito tempo ainda, sub-administrado. Valeu UNISUL/UMSA.

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FAESA: anteriormente Faculdade de Administração do Espírito Santo, atualmente
Faculdades Associadas Espírito-Santenses, instituição de ensino capixaba criada por um educador de visão ampla, que no início da década de setenta vislumbrou a necessidade de criação de unidades educacionais de nível superior, quando ninguém acreditava e o ensino desse nível era restrito às universidades federais e às organizações de origem religiosa (ou poucas outras). Falo do Dr. Anthario Theodoro. Hoje dirigida pelos filhos, sendo o Diretor Geral o Alexandre Theodoro, e situada originalmente na Ilha de Monte Belo, lá, além de professor, fiz meus primeiros cursos de pós-graduação em nível de especialização (lato-sensu): um de Administração Pública e outro de Educação Escolar, ambos de muito bom nível. Professores-mestres e doutores acrescentaram bastante aos meus conhecimentos, tudo em um ambiente de respeito e estudo sério. Disciplinas coerentes entre si, ministradas por professores do mercado de trabalho, serviram para teorizar/fundamentar minha experiência nos campos da administração e da docência. Instalações que foram se modernizando com o passar do tempo e pioneira, graças ao atual diretor, na utilização da informática como instrumento decisivo na área educacional, teve no idealismo do Dr. Anthario a principal mecha para a explosão de crescimento e afirmação nos meios universitários capixabas. Hoje com três excelentes campus na Grande Vitória e algumas unidades no interior, todas vocacionadas para atender a demanda de conhecimentos importantes para os municipios, é a FAESA referência em educação no Estado. Valeu FAESA, é com orgulho que fui teu aluno e professor. Madeira

segunda-feira, 16 de junho de 2008

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CEUB: Centro Universitário de Brasília, instituição de ensino superior criada por educadores de Minas Gerais, tendo a frente Deputados Federais (década de setenta, Adilson Peres e João Herculino), já iniciou grande (hoje é das principais da Capital Federal), com ótimas instalações no setor educacional da Asa Sul e oferecendo vários cursos, e na qual estudei e formei-me em História/bacharelado e licenciatura e Administração. Foram dois cursos de alto nível, com professores excelentes, face a facilidade que Brasília oferece de profissionais gabaritados, funcionários públicos que conhecem não só a teoria, mas principalmente a prática. Dentre outros, fui aluno de Franco Montoro, João Herculino, Dicamor de Morais e Arnaldo Niskier. Marcaram-me lá também as primeiras aulas que dei para o ginasial (adolescentes), hoje ensino fundamental, pois não tinha essa experiência (só dava aulas para adultos, na ANP/DPF). Foi uma experiência e tanto os dois anos em quê, como aluno, dava aulas no Colégio de Aplicação do CEUB como parte da prática docente. Também marcou-me ter em 78 voltado a disputar o campeonato de futebol profissional de Brasília (tinha disputado na década de sessenta, em 63, pelo time da GEB, o Dínamo F.C.), agora pelo CEUB F.C., time da universidade, que durante alguns anos disputou até campeonato brasileiro, na Taça de Prata (foi lá que Paulo Vitor, goleiro do Fluzão, apareceu). A grande diferença é que em 63 jogavamos em campos carecas, todos de barro, sem arquibancadas, abertos, com vestiários-barracos, e no CEUB já nos estádios hoje existentes em Brasília, o Serejão e o que hoje é do Brasiliense. O CEUB deu-me a ocasião de aprender a ciência da Administração, com tão boa formação que dela me vali para depois dar aulas das disciplinas da área e em História. Provavelmente o curso de graduação mais gostoso que fiz, pela descoberta da história, ciência dos fatos comprovados cientificamente e não de histórias forjadas e sem base, isto aprendido todo dentro da historiografia (fiz uma pós nessa área), que é a parte da História Ciência que nos ensina como se faz a ciência História, ou seja, separando-se documentos, restos arqueológicos, pinturas e obras de arte autênticos, fidedignos, de opiniões pessoais, de documentos apócrifos e de fraudes, nas quais principalmente as religiões são mestras. Valeu CEUB. Madeira

sexta-feira, 13 de junho de 2008

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Faculdade Nacional de Direito, centenária escola pública de ensino jurídico, situada na rua Moncorvo Filho, em frente ao Passeio Público, onde cursei meu doutorado em Direito Público, local de formação dos mais renomados juristas pátrios e neste nível não contaminada pelo movimento estudantil, concentrado na área de graduação, pois no nível de pós-graduação os agitadores já deixaram os movimentos reivindicatórios,
pois necessitam trabalhar e fazer carreira, e assim tornam-se também pequeno-burgueses. Ao encerrar a graduação e tornar-me bacharel em Direito, e ter devolvido minha carteira da Ordem (de solicitador), número 777/63( se tivesse seguido carreira de advogado teria hoje um dos números mais baixos do Rio), por ser funcionário público e assim não poder advogar, resolvi estudar Direito mais um pouco na área de Direito Público (Direitos Constitucional, Penal e Administrativo, basicamente), áreas em que eu trabalhava, e descobri êsse curso de dois anos de doutorado. Fiz a seleção, então eu estava no Rio, estagiando no BIB, e passei tanto pela média da graduação, como pela entrevista e fiz o curso. Se a Cândido Mendes já tinha excelentes professores, a FND era imbatível. O Diretor do curso era o Dr. Hélio Gomes, que também lecionou Filosofia do Direito, e quase todos os outros professores já tinham me dado aula na graduação - foi fácil. Local de altos estudos, também em um prédio conservador e conservado, de renome nacional e de muita aprendizagem. Como na graduação na Cândido Mendes, não me lembro de nomes de colegas, mas tenho certeza, pelo nível, que muitos foram ou ainda são de importância fundamental no universo jurídico nacional. Valeu Faculdade Nacional de Direito. Madeira

quinta-feira, 12 de junho de 2008

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Faculdade de Direito Cândido Mendes: a mais antiga organização de ensino do Rio de Janeiro, criada no Império como Academia de Comércio e destinada a preparar em nível superior os homens de negócio do País. Ainda hoje funciona no mesmo lugar, Praça Quinze, em frente à estação das Barcas, no mesmo antigo e belo prédio, ainda que atualmente desfigurado por ter sido erguido em seu pátio interno uma torre imensa (não podendo mexer no prédio, tombado, construíram um monstrengo no meio, como sempre fruto da especulação imobiliária). Lá cursei Direito, após ter passado no vestibular para cem vagas, em terceiro lugar, no tempo em que era vestibular mesmo, acompanhado por um inspetor federal de ensino que sorteava o ponto e acompanhava até o fim as provas (e também durante o curso acompanhava as aulas e as provas parciais), que consistiam em escritas e orais, estas apenas para quem fosse aprovado nas primeiras. Os professores eram juízes, doutores em Direito, promotores, advogados de renome, muitos que também lecionavam na Federal e na Estadual, catedráticos (professores titulares, doutores em Direito pelas obras publicadas) e ensinavam muito pela prática que tinham, que viviam no cotidiano jurídico. Heleno Claudio Fragoso( Direito Penal, autor renomado), Cristovam Breiner (Direito Civil, juiz), Célio Borja (Direito Constitucional, depois foi Ministro da Justiça), os irmãos juízes Eliezer e Eliazar Rosa, Hélio Gomes (Medicina Legal), João Baptista (economia politica), estes são alguns de que me lembro de imediato, luminares do Direito, com obras publicadas e até hoje reverenciadas. O secretário-geral era descendente direto da família fundadora e até hoje anda por aí, sendo um intelectual de primeira e lulista total, Dr. Luiz Cândido Mendes (o Diretor era cargo honorífico e por isso êle, da família dona, era secretário e estava sempre presente, a frente de tudo). À época os estudos e as provas eram acompanhados pelo inspetor federal e pela OAB, e a partir de findo o terceiro ano havia a pré-inscrição na Ordem, como solicitador (seria o estagiário de hoje), e assim tinha-se acesso ao Forum e à prática forense. Ao fim do curso a carteira de solicitador era, para os aprovados, tranformada em carteira de advogado. Quem tinha atividade comprovada na área jurídica substituía esta atividade por declarações da respectiva repartição. Foram cinco anos de excelente aprendizagem, quer pelo nível dos professores e pela objetividade do ensino (recheado de exemplos práticos, com manuseio de processos reais), quer pela seriedade de então, sem fórmulas para passar o aluno e dureza das provas. A base desse ensino, minha vivência como autoridade policial e o doutorado deram-me o suficiente para, com bom aproveitamento, passar os conhecimentos jurídicos adquiridos e sempre atualizados para muitos alunos mais tarde, quando professor de Direito. Valeu Faculdade de Direito Cândido Mendes, hoje UCAM, Universidade Cândido Mendes, com várias ramificações e com um bom nome no universo do Direito. Madeira

quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Colégio Andrews, situado à época na Praia de Botafogo, de frente para a enseada de Botafogo, próximo da Sears, grande loja de departamentos e de outro colégio famoso, o Anglo-Americano, local de estudos de filhos de famílias tradicionais cariocas, com ensino de altíssimo nível e lá estava eu freqüentando o então clássico (ensino médio de hoje), graças à tenacidade, ao trabalho, ao suor de meu pai, que nunca mediu esforços ou dinheiro para que eu aprendesse e estudasse nos melhores colégios. E o Andrews o era, sendo inclusive o de mensalidade mais cara. Professores excelentes, ensino dinâmico, salas amplas e arejadas em um prédio antigo mas muito bem conservado, sem riquezas mas muito funcional. Nele convivi com uma geração, na mesma sala ou um ano à frente ou atrás, de jovens inteligentes que se tornaram depois, fruto de tradição familiar e do lá aprendido, expoentes no Rio e mesmo no Brasil. Foram da minha turma Luis Felipe Lampréia, embaixador e ministro das Relações Exteriores do governo FH; Mario Brockman, João Carlos Pontes de Carvalho Gouveia e Sergio Whright, também embaixadores; Francisco de Paula Junior, presidente do Jockey Clube do Rio; Carlos Eduardo Dolabella, ator; João Agripino Filho, político de familia tradicional paraibana; Luis Severiano Junior, do império cinematográfico; Noelza Guimarães, socialité que foi affair de inúmeros figurões; e outros menos votados, fora eu, filho do português da padaria da Tijuca. O Diretor, sério e carrancudo, era o Professor João da Motta Paes. Foram três anos de viagens, de cerca de uma hora para ir e outra para voltar de ônibus, mas de muita aprendizagem, de coleguismo distante, pois só via os colegas nos horários de aula, face a todos morarem na zona sul (Ipanema, Leblon...) e eu longe, na Tijuca, e também todos com outras amizades e com interesses totalmente diferentes, o que não me impediu de relacionar-me muito bem, nas aulas, com todos. Gostei muito de ter estudado no Andrews, de fazer o clássico (sem números e fórmulas), e tive a recompensa de acabar de formar uma base de conhecimento na área das ciências sociais, iniciada nas escolas anteriores, que me acompanha até hoje. Essa base ajudou-me a passar nos vestibulares que fiz posteriormente, sem cursinho, até com facilidade. Lá não deixei amigos, apenas colegas, mas foi uma boa época, que me acrescentou também como conhecimento a forma de ser e de viver da classe A carioca, e eu não fiz feio. Obrigado Colégio Andrews (hoje lamentavelmente não mais funciona no nosso prédio querido). Madeira

segunda-feira, 9 de junho de 2008

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Externato São José,dos Irmãos Maristas,tradicional corporação de ensino mundial,criada pelo beato padre Marcelino Champagnat,situada na rua Barão de Mesquita número 164,próximo a Praça Saenz Peña(hoje desativado),onde cursei o admissão(equivalente à quinta série atual),que marcava a transposição dos alunos e dos métodos de ensino do primário para o ginásio e todo êste.O São José,como o chamavámos,tinha uma unidade de internato na rua Conde de Bonfim,perto da Usina da Tijuca,onde o meu irmão Sidônio tinha estudado e que lhe tinha dado a base para passar fácil no exame para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército,motivo pelo qual meu pai escolheu-o para meu ginásio,após a volta de um ano em Portugal,isto em 1950.Na lusa Pátria eu tinha, como ouvinte - pois não podia estudar oficialmente -,
durante o ano,freqüentado a escola do povoado de Argeriz,apenas para não ficar parado,o que foi muto bom,tendo servido de reforço para meus conhecimentos do primário.Em 1951 fiz o admissão e de 1952 a 1955 fiz o ginasial no São José,com ensino de primeira,à exceção de um professor,o Tarlé de História,todos os professores eram Irmãos Maristas,nem sempre grandes professores,no sentido pedagógico da palavra(tinha aulas sacais),mas dotados de grande cultura,educadores e donos de orientação disciplinar rígida(mais uma vez agradeço isso a meu pai,pois colocou-me em colégios onde aprendi a ser disciplinado,a cumprir minhas obrigações e horários,a ser castigado quando errava).A única coisa que enchia o saco e eu não concordava era com os príncipios rigorosos,dogmáticos,católicos,o que me valeu bate-bocas com irmãos-professores em aulas de religião e castigos,alguns merecidos,pela irreverência e outros injustos nos quais meu pai se posicionava a meu favor.Fora isto muito estudo,muito esporte,sempre titular,em todos os esportes da sala onde estudava nos campeonatos inter-classes(os colégios católicos eram "must"no Rio, e só estudavam neles pessoas de famílias tradicionais,de dinheiro),onde tínhamos quatro classes de cinquenta alunos por ano(turmas A,B,C e D),nas seleções da série e nos jogos maristas anuais com o Internato,onde só perdiámos,pois êles viviam de jogar bola nos intervalos de aula.Jogamos algumas vezes contra outros colégios católicos como o São Bento(êste jogava no campo do Flamengo,na Gávea)e eu sempre jogando.Com isso eu era figurinha fácil dentro do colégio,bastante conhecido(pena que era colégio só masculino, ou eu podia ter praticado outros esportes com o sexo frágil). Lá aprendi toda a base de ciências sociais,da língua-mãe,de latim,tudo muito bem,o que me valeu e vale até hoje.Sempre fiquei entre os cinco,seis primeiros colocados da sala,nunca melhor do que isso,por causa de algumas disciplinas filhas da mãe em que eu era muito ruim e me ferravam na média mensal,que eram canto orfeônico(sempre fui desafinado),desenho(sempre marquei duas,três folhas a seguir da desenhada),trabalhos manuais(sempre me colei todo).Por outro lado na disciplina dei muito trabalho,mas sem ser mau educado.Ocorre que eu,volta e meia,era pego fazendo alguma sacanagem(cola ou tachinhas na cadeira para o colega sentar em cima,rabiola de papel na calça de outro ou guerra de giz ou bolinha de papel,enfim alguma babaquice normal da adolescência) e sempre me acusava quando descoberto e aguentava o tranco,fosse linhas de papel,fosse ficar após a hora,fosse suspensão(estas valiam-me surras homéricas de meu pai),mas nunca tirei o meu da reta e deixei os outros se foderem. No entanto sou extremamente grato aos Irmãos Maristas por tudo que me ensinaram, nos campos de ensino, da cultura e da educação. Madeira

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Largo da Segunda-Feira, hoje


Aluno: alfabetização e primário,hoje primeira à quarta série,fiz no Colégio da Companhia de Santa Terezinha de Jesus,que funcionava,em um prédio tradicional na esquina das ruas Conde de Bonfim com São Francisco Xavier,no Largo da Segunda-Feira,marco inicial do bairro da Tijuca,fim do bairro do Estácio.Colégio particular de freiras,dessa ordem(Santa Terezinha de Jesus),apenas para meninos e de ensino primário,ensinou-me as primeiras letras,alfabetizou-me e nele estudei dos cinco aos dez anos.Recordo-me do uniforme caqui fechado,com paletó e camisa,calça comprida,pasta cheia de livros e cadernos(pesada paca)e muito estudo e disciplina super-rígida,com muitas rezas e missas. Além do pátio grande,com muitas brincadeiras,no horário de recreio,como de toda criança com muita correria,lembro bem da minha professora durante os quatro anos do primário,a Madre Alzira,mulata gorda,que sabia tudo,ensinava,esclarecia todas as dúvidas,de cima do tablado de professor(em todas as salas durante todos os meus estudos,até na Faculdade Cãndido Mendes,o professor sempre ficava mais alto que a turma,com a mesa dele em cima de um tablado).Mas o mais marcante era que à esquerda dela ficava pendurada,ameaçadora,a palmatória,instrumento disciplinador,em formato de uma colher grande de madeira,dessas de mexer arroz,cheia de furinhos,como de um coador(os furinhos eram para a palma da mão inchar).Êsse instrumento,hoje considerado de tortura,utilizado em bolos nas palmas das mãos,era eficaz,eficiente inibidor de bagunças,falatórios e também de lembrança para aquele que não trazia o dever de casa pronto ou estava distraído e não prestava atenção às perguntas da mestra.Travei alguma intimidade com êle e não simpatizei,mas foi um bom meio auxiliar de ensino.Minha sorte é que com a facilidade de aprendizagem que sempre tive não foi utilizado por essas questões,o que de alguma forma massageava o ego da Madre Alzira,que via que ela ensinava bem,pois eu aprendia bem.Sempre o foi por alguma esculhambação(também não por falar,pois eu respeitava a presença e esforço do professor),tal como pendurar rabo de tira de papel de caderno em algum colega chamado à frente para responder a alguma questão ou conjugar um verbo ou responder a tabuada(para quem não sabe tabuada é a citação oral,decorada dos resultados das quatro operações)ou uma tacada de giz na cabeça de algum colega,geralmente de um babaca.O castigo físico quando não é espancamento,quando é negociado antes,informado e aplicado com parcimônia é um meio eficaz de aprendizagem de comportamentos(mutatis mutandis,esta é a finalidade da cadeia,da prisão).Hoje reconheço,sem a frescura de traumas,que muito aprendi de certo e errado com as sovas de meu pai e a palmatória da Madre Alzira.Obrigado meu colégio do primário,para onde ia e voltava de condução,que não sei se lá está e como,mas a quem devo toda a minha formação inicial.Obrigado congregação cristã de Santa Therezinha de Jesus,obrigado a Madre Alzira e sua palmatória.Madeira

sexta-feira, 6 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabetico(pessoas:A a Z)

A a Z:Muitas outras pessoas passaram pela minha vida e ainda vão passar.Milhares passaram muito rapidamente e não deixaram marcas que me permitissem progredir nesta encarnação,outras,em príncipio deveriam ter deixado marcas negativas,mas por formação e agora muito pela doutrina espirita,esqueci o que me fizeram,os erros que me prejudicaram ou aos meus e delas não me lembro,salvo em situaçoes extraordinárias e sem raiva,até com dó,pela bobagem que fizeram,nesta passagen por êste planeta.Existem outras que estão caminhando para marcarem-me,pois as vejo e analiso e descubro coisas boas,qualidades,que podem me ajudar a crescer e eu a elas.Já as admiro,preciso apenas de colocá-las no meu âmago,juntá-las ao meu íntimo,crescer com elas.Isso depende basicamente de convivência,de amor mútuo,de carinho e bastante de tempo.Aqui vou enumerar,em apenas um artigo,as que mais tem me tocado:Brunella,filha de Eugenia,companheira de jornada diária,de morada,jovem educadíssima,respeitadora, companheira,inteligente,que estou acompanhando na formação universitária e que me gratifica no trato diário;Rominho,marido de Flavia,grande de coração,de moral,de amizade,de amor,querido como um filho que sinto alegria e prazer em estar junto,sem esquecer o berço dele,que tem familiares muito queridos pela lhaneza,alegria e amor com que nos recebem sempre;Enio,afilhado de casamento,esposo de Anna Luiza,genro de Oswaldo e Arminda,compadres queridos,de um carinho grande conosco,equilibrado, tranquilo,inteligente,gente de primeira,muito especial,com quem gosto de conviver e de ficar perto,sinto-o também como um filho;Fred,Dr.Frederico.advogado,enamorado de minha neta Taís,tranquilo,educado,respeitador;Raul,sobrinho de Terezinha,filho do Egydio e Ivone,criado muito distante de nós,no entanto,sempre atencioso,prestativo, circunspecto,sério,mas amigo,que me impressiona pelos cuidados com os pais e atualmente com a mãe;Rosa,esposa do Sidonio,alegre,contagiante,corajosa, amiga,coloca-nos no colo,pessoa que faz com que queiramos estar sempre perto;os filhos do Sidonio e da Rosa,com raros encontros mas são o jeito dos respectivos pais,inteligentes,seguros,amigos;por fim o Marcius,esposo da Cintia,que durante dez anos foi carregado no colo por nós,que fez e deu muita contribuição boa e que agora espero que se reencontre,não para mim,mas para Cintia,que assim o quer.Madeira

quinta-feira, 5 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(pessoas-T)


Cortando esse marzão que é o mundo, sô!


T:Theotonio Madeira Dias,eu mesmo,pois sempre a pessoa mais importante somos nós mesmos,a quem devemos amar e buscar entender,aperfeiçoar,crescer intelectual e moralmente.Segundo filho de João Dias Pereira,cidadão português,casado em segundas núpcias com Aracy Madeira Dias,brasileira,de quem sou filho único,cresci praticamente só,face a meu irmão mais velho,cerca de onze anos,Sidônio,estudar interno,por exigência de minha mãe e sabedoria de meu pai,que preferiu que êle tivesse a educação complementada pelos Irmãos Maristas,do que através de aborrecimentos com a segunda esposa,minha mãe.Cresci com educação rígida,sincera,olho no olho,ou seja o que podia,podia e o que não podia,não podia,mas sempre explicado.Quando errava o fazia sabendo e era premiado com bravas surras,sempre merecidas e que me ensinaram a não mentir,a ter coragem de assumir os erros e a buscar a correção em todas as ações praticadas.Adolescente,formado oficial da reserva do EB,resolvi buscar minha vida e saí de casa indo para Brasília onde comecei minha vida profissional,que resultou em muitas lôas,alguns erros,dificuldades e posteriores vitórias,tudo em conjunto com minha primeira esposa Terezinha Coelho Dias,companheira inteligente,amiga,valorosa sob todos os aspectos e que me deu três filhos,amigos queridos,Caio Fabio,Flavia e Cintia,todos formados e encaminhados para a vida,tanto pela educação como pela cultura.Já com dois netos,Taís e João Pedro,com o falecimento prematuro de Terezinha continuei sendo abençoado por meus mentores e encontrei outra companheira,também pau para toda obra,maravilhosa,Eugenia e com isso sigo fazendo tudo da melhor maneira possível para após minha passagem poder deixar marcas de boas ações,de ações que ajudem a construir e nunca que manchem ou prejudiquem alguém.As pessoas que me ajudaram fortemente a chegar até aqui estão presentes nas páginas anteriores,mas muitas outras de forma menor ou que ainda estão em "estágio probatório" também me ajudaram,apenas não com a intensidade e fôrça destas.Valeu gente.Madeira

quarta-feira, 4 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabético(pessoas-T)



T: Terezinha Botelho Coelho, depois Terezinha Coelho Dias, minha esposa, mãe de meus filhos, avó de meus netos, filha, mãe, irmã, comadre, amiga de um peso, de uma presença fortíssima. Terezinha,q ue eu conheci e amei desde a primeira vez que falei com ela, era, como a definia meu pai, "uma mulher forte". Definição lusitana, curta e grossa, mas que engloba todas as caracteristicas dela. Forte de personalidade e caráter, daquelas pessoas que após análise inteligente da situação não se dobrava a ela, fosse qual fosse a dificuldade a ser enfrentada e vencida. E ela enfrentava e vencia. Lutou contra a pobreza e as dificuldades da infância e da adolescência e cresceu dotando-se de um conhecimento de vida e de uma coragem, de uma valentia que a habilitou a vencer depois tudo de difícil que veio, desde as mudanças,com as adaptações, a tocar um lar com perfeição, educando os filhos com firmeza, dedicação e amor impressionantes, até o problema renal, que venceu por cerca de vinte e três anos, para depois ser vencida por êle. Guerreira ao extremo, sabia bem o que queria para si e para cada um de nós, marido, filhos e netos e era que pudéssemos, à sua imagem, nada temer, desde que fosse no caminho de bem. Amiga de entrega total àqueles que amava e que a respeitassem, mas capaz de mostrar, de forma sincera, dura, os erros cometidos por todos, ainda que houvessem ou ficassem mágoas. Nunca vi Terezinha desanimada ou triste (a vi muitas vezes pronta para a liça justa), sendo um exemplo de vida. Conheci-a uma menina, dezoito anos, mas já na têmpera da vida, trabalhando desde os quinze anos para ajudar os pais na subsistência da casa, magrinha mas cheia de disposição, trabalhando de sol a sol, mas sem reclamar ou alegar qualquer cansaço, sorridente, decidida, muito bonita e senti que os filhos que estivessem escalados para serem meus o seriam com ela, pela fôrça e confiança que me passou. Casada, sempre esteve ao meu lado, ponderando nas minhas decisões, mas aceitando-as, mesmo com as quais não concordava e a partir daí ficando ao meu lado, sem nenhum comentário negativo. Ninguém viveu mais Terezinha que eu. Foram quase quarenta anos e em todas as situações possíveis: de dor, de amor, de trabalho, de mudanças radicais, de passeios, de festas, de lutos; enfim, uma vida completa de aprendizagem, pois foi isso o mais importante, a troca de conhecimentos que nos permitiu crescimento mútuo e realizações internas e externas para nós, para todos os nossos e para aqueles que estavam em nosso entorno. Valeu Tetê, você foi uma das pessoas que me marcaram e com uma marca indelével: a marca do amor e do companheirismo eterno. Sei que vou te reencontrar, tanto na vida espiritual como em novas reencarnações (não sei se como esposa, filha, mãe ou pai), pois foi tão forte o que nos uniu que nos unirá certamente no futuro. Valeu Tetê. Do Theo

terça-feira, 3 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(pessoas:T)


"Você é doooooooida demais/Doida/Muito doida/Você é doooooooida demais!"


T:Taís Dias Cavati:neta muito,mas muito querida,filha de Flávia.O nascimento dela aguardado com ansiedade,primeiro neto,foi difícil.Mais do que vê-la o que marcou-me foi no dia posterior,no trabalho,receber a notícia de que por ser prematura ficaria na parte de tratamento intensivo do berçário e que poderia vir a precisar de uma transfusão de sangue.De imediato despenquei-me,literalmente,para a maternidade e lá chegando encontrei a cena que mais me marcou ao encontrar Flavia,sentada no chão,ao lado do berço,com Taís ligada a sei lá que aparelhagem e Flavia segurando a mão dela e falando baixinho para ela da importância dela para todos nós e que ela ia ficar boa e linda.Vaticínio de mãe cumprido.Apenas e certamente por todo êsse amor declarado desde as primeiras horas de vida é que hoje Taís está de fato com muita saúde e linda.Corajosa,alegre,amiga,brigona,dona de uma personalidade fortíssima(também a linhagem feminina é assim formada,pois Terezinha e Flavia são muito boas de briga e não desistem nunca)é dedicada e amiga dos amigos,talvez até mais do que devido.Morena linda,abusada,avoada,querida por todos,impressiona logo ao chegar em qualquer lugar pelo porte,pela beleza,pelo sorriso contagiante e pela falação fácil e alta.Tem muito de aprender sobre a vida,amizade,entrega,mas essa estada no Havaí certamente contribuiu e muito para maior desenvoltura e para guiar a própria vida,enfrentando e vencendo dificuldades.O crescimento da responsabilidade está grande e o estágio no Forum é parte decisiva para tal.Creio nela e bastante,tanto por seu DNA,como pela personalidade forte e caráter reto.Meu amor por ela,como por todos os meus é imenso,mas tenho e fujo um pouco porque êles tem de se fazer sozinhos,como todos os grandes homens e mulheres o fizeram e Taís o está fazendo.Além do mais foi Taís que me convenceu a criar e escrever sempre êste blog,sendo portanto minha musa e inspiradora.Tais você marca-me continuadamente e faz parte desse pequeno circulo de pessoas que o Senhor colocou junto a mim nesta encarnação para serem amados por mim,mas principalmente para que eu aprendesse muito e me desenvolvesse mais e mais.Está valendo Taís,quero e sei que estarei sempre ligado a você.Te amo.Beijos.VÔ

segunda-feira, 2 de junho de 2008

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No peito, na raça e na sabedoria!


S:Sidonio Barroso Dias,meu irmão,meu guru,legitimo almanaque sabe-tudo.A cultura dele é impressionante.Sidonio,inteligencia privilegiada,leitor compulsivo,posiciona-se sobre qualquer assunto de forma clara,precisa,orientativa.Dono também de uma coragem,de uma valentia,nunca vi ou soube de que exista alguma coisa que Sidonio tema.Defensor ardente da verdade,da sinceridade,o faz com veêmencia,mas com argumentação sólida.Dono de um sentido,de um sentimento especial familiar(como nosso pai),vive e sempre o fez para os familiares,sem limites.Querido por todos que com êle convivem,pela sua franqueza e carisma,marcou todos os comandados durante os anos de oficialato do EB,defendendo-os quando estavam corretos,orientando-os quando necessitavam e punindo-os com severidade quando, avisados,permaneciam no erro. Administrador de mão cheia,mostrou-o não só nas atividades no Exército,como nas que exerceu no meio civil(MEC/MG) e no Círculo Militar em BH.Impressiona como as pessoas que o conhecem comportam-se ao encontrá-lo,com uma deferência e respeito inigualáveis.Com êle aprendi todos os comportamentos corretos e os imprimi em meu caráter,durante minha infância e adolescência.Devo a Sidonio(e a meu pai) toda a parte de caráter formada nessa época,que pelos exemplos impediram de acomodar-se em meu modo de ser ações incorretas,desonestas,moldando-o no caminho do bem. Exemplo,proteção,amizade especial,carinho,enfim Sidonio deu-me um universo de coisas boas,exemplares.Valeu Velho Amigo(assim sempre nos chamamos),quero ter-te sempre,onde quer que estejamos,junto,para poder te admirar e imitar.Velho Amigo.Theo

sábado, 31 de maio de 2008

vivencias-madeira-alfabética(pessoas:O)



O: Oswaldo Mattos: um sentimento profundo liga-me a Oswaldo, sentimento de amizade, amor, admiração, gratidão, enfim êle é muito mais querido do que pode imaginar. Conheci-o nem lembro-me mais como, pois tenho me relacionado tanto com êle que nossa ligação já se confunde com as nossas vidas, com os nossos encontros, com os nossos natais, anos novos e carnavais, com os nossos passeios, nossas viagens. Só lembro-me que então sem conhecê-lo bem, só de vista, achei-o um lorde, um sir bem britânico, pela altura e biotipo, pelo porte, pela elegância, pela finura de gestos e comportamentos. Aparentemente sério, dotado de uma inteligência e cultura refinadas pela educação recebida, pelos estudos feitos, até continuadamente, no exercício do cargo público de Procurador da República, é na realidade um tremendo gozador e um tipo de amigo incomparável, aquele que privilegia as coisas importantes da vida como a amizade, a família, os filhos (impressionante a educação e os cuidados responsáveis,amorosos mas firmes com a filha, minha afilhada Anna Luiza), a honestidade, o relacionamento pessoal puro. Companheiro das nossas horas de lazer, de prazer, íntimo familiarmente, também o foi e é nas dificuldades, sempre junto com a comadre Arminda. Nas inúmeras lutas de Terezinha, êles estavam sempre ao nosso lado, animando, ajudando, apoiando de uma forma incomensurável. Nunca vi ou soube de um comportamento ou de algo vindo dele que não fosse positivo, bom, que marcasse fortemente as pessoas que o cercam. É uma pessoa diferenciada do que nós encontramos por aí hoje em dia, e por isso gosto tanto dele e o admiro. Valeu compadre, você é uma das pessoas que me marcaram profundamente e da qual quero sempre estar junto, onde quer que seja. Madeira

sexta-feira, 30 de maio de 2008

vivencias-madeira-alfabética(pessoas:M)



M:Monica da Silva Fernandes:nossa afilhada,filha de Egydio e de Ivone,nossos compadres.Após serem nossos padrinhos de casamento êles nos deram o primeiro filho como afilhado de batismo e foi uma linda menina,batizada como Monica.Desde a infância tranquila,amiga,melosa,mas muito querida.Muito inteligente sempre brilhou nos estudos e em todas as atividades culturais e profissionais.Apaixonada pelo pai Egydio,não levou em frente um doutorado em Coimbra,Portugal,para não ficar longe dos pais,em especial do Egydio.Melava tanto êle,que muitas vezes êle ficava de saco cheio e dava uma bronca nela,que tinha muito de figuração,pois no fundo êle bem que gostava.Lembro bem do dia em que ela passou no vestibular para Direito na UFES: estavámos juntos e a felicidade do Egydio foi impressionante.Procuradora concursada da Prefeitura de Guarapari,professora universitária,Monica impressiona pela forma simples como se comporta.Amada por todos,agora assumiu com muito carinho e dedicação,juntamente com o irmão Raul,os cuidados com a mãe Ivone,sozinha com o falecimento do pai Egydio.Monica,pelos momentos passados junto com nós,pela forma amiga e carinhosa da ligação conosco,marcou-me e faz parte das minhas vivencias.Madeira

quinta-feira, 29 de maio de 2008

vivencias-madeira-alfabetica(pessoas:L)



L:Leon Levy:no meu estágio no 2º BIB,recebi na Companhia de Comando,como meu estagiário,um aspirante R/2,alto,magro,estudante de medicina,de nome de guerra Levy.Interessado,disciplinado,inteligente,nos afetuamos mutuamente e no quartel conversavámos muito.Com êle pela primeira vez ouvi falar sobre o espiritismo e foi muito convincente,pois desde muito jovem professava essa religião,sendo inclusive sua genitora responsável por um pequeno centro kardecista.Essa afetividade levou-me a, em determinada ocasião,levá-lo a casa de Terezinha para tratar de Dona Hilda,que tinha uns achaques ocasionais,em um destes.Lá chegando a examinou e logo ela melhorou com passes,ocasião em que ficamos sabendo da mediunidade dela,que era a razão dos achaques.Com isso unimo-nos mais e Terezinha também,que inclusive de imediato resolveu que êle seria o médico com que ela teria nossos filhos.E foi,tanto que Caio,como Flávia(esta logo após nascer)o foram.Mais que um amigo,um irmão menor,que em todas as ocasiões em que tivemos dificuldades esteve junto com nós:na doença e morte de Seu Zé.mas doenças de Dona Hilda e Adelino,no transplante de Terezinha(deslocou-se até Vitória e o acompanhou como médico),em tratamentos espirituais(em Nova Lima/MG,em uma operação espiritual de Terezinha),na operação fatal,enfim,em qualquer ocasião que precisássemos êle aparecia,orientava,ficava junto,apoiava de todas as formas,com sacrifício pessoal,familiar e financeiro.Nunca poderei pagar tudo que Levy(sempre apoiado pela esposa Fortunée,Tuninha,dileta e querida amiga) fez por Terezinha e todos nós.Irmão e amigo,que me marcou com as melhores marcas que um homem e um espirito podem ter.Muito obrigado.Madeira

Quem sou eu

Pai,avô,amigo,experiente, companheiro,divertido.